Saleh Al-Arouri, vice-presidente do Hamas e fundador das brigadas al-Qassam, morreu esta terça-feira na sequência de uma explosão numa delegação do grupo nos subúrbios de Beirute, confirmaram os próprios órgãos de comunicação do Hamas, citados pela Reuters.
De acordo com a agência estatal de notícias do Líbano, a NNA, a explosão foi provocada por um drone israelita que atacou o local no subúrbio de Dahiyeh, a sul de Beirute, conhecido por ser um “bastião” do Hezbollah, um dos aliados do Hamas.
PUB
Em reação, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou o ataque, apelidando-o de "novo crime israelita" e de tentativa de atrair o seu país para a guerra.
Número dois do braço político do Hamas e comandante fundador do seu braço armado, criado em 1993, Al-Arouri era também o líder militar do Hamas na Cisjordânia, território palestiniano onde nasceu e que o grupo não controla.
Al-Arouri vivia no Líbano desde 2015, local onde chegou vindo da Turquia. Antes destes dois países, reportam os media israelitas, o antigo responsável do Hamas chegou a viver na Síria antes do início da guerra civil no país.
Em dezembro, dois meses após a sua casa na Cisjordânia ter sido demolida por Israel, Al-Arouri afirmou à Al Jazeera que o Hamas e a resistência palestiniana estavam "prontos para qualquer cenário militar".
PUB
"Não há medo nem preocupação para a resistência. Ela vencerá", disse Al-Arouri, que assegurou que o grupo não iria negociar qualquer troca de prisioneiros até Israel para a sua ofensiva em Gaza.
Explosão em Beirute também matou dois líderes das brigadas al-Qassam, afirma HamasDois líderes das brigadas al-Qassam. o braço armado do Hamas, também foram mortos na explosão que vitimou o vice-presidente do grupo.
A informação foi avançada pela Al-Aqsa TV, propriedade do Hamas, que identificou os líderes mortos: Samir Findi Abu Amer e Azzam al- Aqraa.
Líder do Hamas confirma seis mortes após explosão em BeiruteCitado pela Al Jazeera, Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, afirma que o ataque israelita desta terça-feira no Líbano matou seis membros do grupo. Haniyeh afirma que o assassinato de Saleh Al-Arouri é um "ato terrorista", um "assassinato cobarde" e um "crime flagrante que demonstra, mais uma vez, a brutalidade que a ocupação exerce contra o nosso povo".
"É também uma violação da soberania libanesa - que representa uma expansão do âmbito da agressão israelita contra o nosso povo e a nossa nação. A ocupação é responsável por quaisquer repercussões", disse Haniyeh.
PUB