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14% dos bebés nascidos em Portugal em 2021 são de mãe estrangeira

Entrada de população estrangeira em Portugal tem contribuído para os números da natalidade no país

Dos quase 80 mil bebés nascidos em 2021 em Portugal, mais de 10 mil, o equivalente a 14 %, são filhos de mães estrangeiras, de acordo com um levantamento divulgado este domingo pela Pordata.

“A proporção tem vindo a aumentar sucessivamente desde 2016, invertendo a tendência de decréscimo registada entre 2011 e 2015”, é referido no estudo publicado no Dia Internacional dos Migrantes.

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Segundo o mesmo documento, a entrada de população estrangeira em Portugal tem contribuído para os números da natalidade no país.

Depois de uma diminuição na última década, até um mínimo de 8,4 % de nascimentos de mãe estrangeira em Portugal em 2015, essa percentagem tem vindo sempre a aumentar e, no ano passado, registou-se o nascimento de 10.808 crianças filhas de mãe não portuguesa residente no país, num universo de 79.582 nados-vivos.

Desde 2011 o país perdeu perto de 196 mil pessoas e 2019 e 2020 foram os únicos anos em que se registou um aumento da população face ao ano anterior: mais 19.300 em comparação a 2018 e mais 75.700 fazendo um paralelismo com 2019.

“Este aumento da população ficou a dever-se, sobretudo, ao saldo migratório positivo”, é sublinhado no estudo, numa referência à diferença entre as pessoas que imigraram e às que saíram do país.

Em 2021, entraram em Portugal cerca de 51 mil imigrantes e saíram cerca de 25 mil emigrantes, traduzindo-se num saldo positivo para o país de 26 mil pessoas.

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A emigração é mais acentuada entre a população mais qualificada, tendo um terço das pessoas com mais de 15 anos que saem do país um curso superior e 29 % o ensino secundário.

Ao contrário do verificado desde 2014, em 2021, mais de metade (52 %) da imigração “foram regressos de pessoas nascidas em Portugal”, acentuou a Pordata.

“A maioria, tanto de quem sai como de quem entra em Portugal, tinha nacionalidade portuguesa (95 % entre os emigrantes e 75 % entre os imigrantes)”, acrescenta o estudo.

Entre 2011 e 2014, saíram do país mais do dobro das pessoas que entraram, uma tendência que se começou a inverter em 2015 e “desde 2019 que os imigrantes representam mais do dobro dos emigrantes”.

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