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BNP Paribas vai pagar até 500 euros aos colaboradores e aumenta subsídio de refeição

Banco francês vai dar vales de 300 e 500 euros aos trabalhadores e outras regalias como o aumento do subsídio de refeição e a possibilidade de receber o subsídio de férias e de Natal em duodécimos

O BNP Paribas vai dar “cheques” de 300 e 500 euros (consoante os ordenados) aos colaboradores para fazer face ao aumento da inflação, sabe o ECO/Pessoas. O banco francês vai ainda aumentar o subsídio de refeição para 8,32 euros e dar a possibilidade de escolher receber os subsídios de férias e de Natal em duodécimos.

“Sabemos que tempos de incerteza pedem ações tangíveis”, começa por dizer o BNP Paribas, no email enviado esta terça-feira aos colaboradores e a que o ECO/Pessoas teve acesso. “Estamos a monitorizar de perto a evolução da atual situação económica e o impacto nos nossos colaboradores e nas suas famílias. Estamos conscientes dos esforços adicionais que todos têm feito, por isso decidimos implementar uma série de medidas de ajuda”.

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Assim, o banco vai dar um prémio “excecional”, que vai variar consoante o salário: 500 euros para quem recebe até 30 mil euros anuais/brutos e 300 euros para rendimentos de mais de 30 mil euros anuais até um máximo de 60 mil euros. Aqui, incluem-se os trabalhadores efetivos e com contratos a termo, que tenham integrado a empresa até 15 de novembro.

Esta ajuda será dada sob a forma de vouchers, que poderão ser gastos numa “plataforma digital” chamada VIP District, refere o mesmo email. Ao ECO/Pessoas, fonte oficial quando questionada sobre o tema diz apenas que o montante poderá ser “gasto, através de uma plataforma, numa grande variedade de retalhistas”.

“Estas medidas foram desenvolvidas a nível de cada país”, explica fonte oficial do BNP Paribas ao ECO/Pessoas, quando questionada sobre se a mesma se estendia a outros mercados onde o banco francês está presente. A mesma fonte também clarifica que se trata de uma medida “adicional, independente do processo de revisão anual de compensação, que terá lugar em fevereiro”.

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Colaboradores podem antecipar subsídio de férias e Natal em 2023

O BNP Paribas quer oferecer uma “flexibilidade adicional” aos colaboradores no que diz respeito ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal. Assim, todos os trabalhadores poderão escolher receber 50% ou 100% destes subsídios através de duodécimos – ao longo do ano. Não optando por esta modalidade, os colaboradores podem pedir um adiantamento de 100% dos subsídios de Natal e férias relativos a 2023.

O banco recorda ainda os colaboradores que o subsídio de refeição, pago através de cartão-refeição, vai passar de 7,63 euros para 8,32 euros por dia. Essa mudança começa em janeiro de 2023, mas haverá um reembolso de 0,69 euros por dia referentes a outubro, novembro e dezembro de 2022.

Outra das medidas é a possibilidade de alocar até 20 euros por mês (até aqui o limite eram 15 euros) para reembolso de telecomunicações — a empresa reembolsa o trabalhador até 20 euros numa fatura da operadora. Isto funciona através do Benefit + Fund, um sistema que permite aos colaboradores destinar um fundo extra para certas despesas, como, por exemplo, o passe para os transportes, a mensalidade do ginásio, etc.

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“Estamos confiante de que, coletivamente, vamos superar este momento desafiante”, termina o email enviado aos colaboradores, assinado pelo responsável do BNP Paribas em Portugal, Fabrice Segui.

Empresas avançam com apoios

O banco francês junta-se, assim, a outras empresas que já avançaram com este tipo de apoio. No setor da banca o BCP também dará um apoio de 500 euros, enquanto o Montepio dará uma ajuda de 400 ou 600 euros e a Caixa de 600 ou 900 euros.

O Santander e o Crédito Agrícola também. No banco espanhol, os trabalhadores com um vencimento até 30 mil euros anuais receberam um “pagamento extraordinário e suplementar” de 750 euros e no Crédito Agrícola atribuiu em novembro um apoio “pontual” de até 750 euros.

Na Caixa Central, o apoio foi de 500 euros, tendo a organização emitido orientações para ser atribuído um prémio entre 250 e 750 euros às restantes caixas de Crédito Agrícola e empresas do grupo. Um total de 3.800 pessoas foi abrangido por esta medida.

Mas este tipo de apoios para mitigar a perda de rendimentos não se limita à banca. Das telecomunicações (Altice com um apoio de 750 euros pago em janeiro), às tecnológicas (a tb.lx, o hub digital da Daimler Trucks com um apoio de 1.200 euros), à fábrica do Tramagal da Daimler Trucks (400 euros), passando pelo retalho inúmeras empresas têm vindo a avançar com este tipo de iniciativas.

O Ikea vai pagar um bónus equivalente a um salário e meio; enquanto a Jerónimo Martins vai distribuir cheques até 350 euros, a dona do Continente de 500 euros e a Leroy Merlin um voucher de 125 euros.

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