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Ativistas climáticos vão a julgamento no dia 29

A suspensão provisória do processo foi negada pelos ativistas

Os quatro ativistas climáticos que ocuparam a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa vão a julgamento no dia 29 de novembro. A sessão está marcada para as 14:30.

A suspensão provisória do processo foi negada pelos ativistas e, por isso, o caso segue agora  para julgamento.

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Os quatro jovens estão indiciados pelos crimes de não dispersão em reunião pública e de introdução em local vedado ao público.

À saída do tribunal de pequena instância criminal, em Lisboa, Ana Carvalho, uma das ativistas ambientais detida na sexta-feira e arguida no processo, revelou que os estudantes tinham sido ouvidos apenas pelo Ministério Público (MP), que propôs a suspensão provisória do processo mas mediante a condição de estes não participarem em ilícitos de invasão.

Ana Carvalho disse que os quatro arguidos recusaram esta proposta do MP, pelo que o processo avança para julgamento - que se vai realizar no dia 29 de novembro, pelas 14:30, no Campus de Justiça, em Lisboa.

Também à saída do tribunal o advogado de defesa André Ferreira precisou que os jovens vão responder em julgamento por dois crimes, nomeadamente “não dispersão em reunião pública e introdução em local vedado ao público”.

O advogado referiu que os quatro arguidos aguardam julgamento sujeitos a termo de identidade e residência (TIR).

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Além de Ana Carvalho, são também arguidos neste processo Mateus Lopes, ‘Nemo’ e ‘Artur’, nomes pelos quais são conhecidos.

Junto ao tribunal, à entrada e saída dos arguidos estiveram cerca de 30 jovens a manifestar a sua solidariedade e a gritar palavras de ordem relacionadas com as questões ambientais, que motivam os protestos que abrangem faculdades e escolas secundárias em Lisboa.

Os ativistas climáticos que desde segunda-feira ocupavam a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa começaram a sair da instalação académica às 23:40 de sexta-feira. A PSP confirmou que, “após longas horas de conversação com os visados, logrou obter, já cerca das 23:00, o abandono voluntário de grande parte do grupo”.

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No total saíram nove membros do movimento estudantil Fim ao Fóssil: Ocupa!, tendo ficado quatro. Segundo a PSP, os quatro jovens, entre os 19 e 24 anos, “encontravam-se ligados entre si através de tubos de PVC e mosquetões e com as mãos coladas ao solo”.

Depois de retirados da faculdade, os detidos foram conduzidos à esquadra dos Olivais, tendo, após cumprimento das formalidades processuais, sido libertados e notificados para comparência durante esta segunda-feira na Instância Local Criminal de Lisboa – Secção de Pequena Criminalidade.

Amanhã, o ministro da Economia, António Costa Silva, vai reunir-se com os jovens ativistas que se têm manifestado para exigir o fim dos combustíveis fósseis e a sua demissão, avançou fonte oficial do Ministério.

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