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Segundo dia de ocupação contra o fóssil: quase 200 alunos dormiram em seis escolas de Lisboa

Ocupação começou na segunda-feira. Movimento garante que vai continuar até que as exigências sejam atendidas

Quase 200 estudantes pernoitaram dentro de seis estabelecimentos de ensino em Lisboa para exigir o "Fim ao Fóssil". Ao segundo dia de protestos, os alunos das escolas secundárias António Arroio e Camões, das faculdades de Letras e de Ciências da Universidade de Lisboa, do Instituto Superior Técnico e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa mantêm a ocupação e as duas exigências: "Fim aos combustíveis fósseis até 2030 e fim aos fósseis no governo, nomeadamente do ex-barão do petróleo, António Costa e Silva".

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"Os estudantes estão bastante motivados. O nosso objetivo é ocupar até vencer. Mesmo que os estudantes sejam removidos pelas forças de segurança, podemos sempre voltar a ocupar no dia seguinte", explica à CNN Portugal António Assunção, um dos porta-vozes do movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa!".

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Na Escola Artística António Arroio e na Escola Secundária Camões, depois de um dia intenso de protestos e sessões de ativismo pela justiça climática, pernoitaram cerca de 60 alunos em cada estabelecimento. Nas faculdades houve grupos de 15 a 20 alunos em cada uma que conseguiram pernoitar, depois de negociações com as respetivas direções.

O único problema registou-se na Faculdade de Letras: os estudantes tentaram assegurar um espaço para pernoitar, ocupando um auditório, mas foram impedidos pelos seguranças privados, que, segundo o comunicado do movimento, "utilizaram força excessiva para travar este avanço, agarrando em pescoços de ativistas". No entanto, segundo o porta-voz, após uma negociação com a direção foi possível manter a ocupação num outro espaço da faculdade.

"O movimento tem bastante flexibilidade, só temos que nos reorganizar e sermos criativos para manter a ocupação", explica António Assunção.

"O compromisso das estudantes nas várias ocupações é claro. Ocupar até vencer é uma frase gritada regularmente nos corredores de algumas escolas. Estão prontas para ficar até serem ouvidas", garante o movimento. 

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