O Presidente arménio, Armen Sarkissian, anunciou este domingo a sua demissão, alegando que não tem condições para "influir" na vida política do país nestes "tempos difíceis".
"Refleti durante muito tempo e decidi demitir-me após quatro anos de trabalho ativo como presidente", disse Sarkissian em comunicado, acrescentando que o chefe de Estado na Arménia "não tem as ferramentas necessárias para influenciar os processos importantes da política externa e interna num período difícil para o povo e o país".
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"Estamos a viver numa realidade (...) em que o Presidente não pode vetar as leis que considera inconvenientes para o seu povo e o Estado", apontou o chefe de Estado, nomeado pelo parlamento em março de 2018.
A demissão de Sarkissian, de 68 anos, ocorre no meio de alguma tensão com o governo liderado pelo primeiro-ministro, Nikol Pachinian, que tinha sido incitado pelo Presidente a abandonar o poder após a derrota no conflito com o Azerbaijão sobre o enclave de Nagorno-Karabakh, em 2020.
"Espero que as alterações da Constituição sejam finalmente implementadas e que o próximo presidente e a administração presidencial tenham condições para funcionar num ambiente mais equilibrado", refere o comunicado.
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