Já fez LIKE no CNN Portugal?

Costa considera que Mário Soares reunia as "qualidades que constituem um herói"

Várias figuras marcam presença no lançamento da Coleção Obras de Mário Soares, coordenada pelo escritor José Manuel dos Santo, e que tem como volume zero a primeira tese de licenciatura de Mário Soares

O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que, na trajetória do ex-Presidente Mário Soares, encontram-se as “qualidades que constituem um herói”, considerando que, no conjunto da sua obra escrita, cujo volume zero foi segunda-feira publicado, se vive “uma saborosa liberdade”.

Na trajetória de Mário Soares reconhecem-se as qualidades que constituem, no nosso imaginário, um herói: o idealismo, a coragem, a audácia, a tenacidade, a exemplaridade”, salientou António Costa.

PUB

O primeiro-ministro falava na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, durante a cerimónia de lançamento do volume zero da coleção intitulada “Obras de Mário Soares”, que irá publicar, ao longo dos próximos anos, a obra escrita do antigo chefe de Estado português.

Segundo António Costa, os volumes em questão permitem reencontrar “o fundador e obreiro do Portugal democrático, autor das suas opções fundamentais, como o fim do regime colonial e a integração europeia”.

Evocamos aquele que, em tantos momentos decisivos da nossa história contemporânea, foi o rosto e a voz da liberdade, sua causa maior”, frisou.

Questionando se se “pode ser um grande escritor quando se é um herói da própria história”, o primeiro-ministro salientou que a “exigência do trabalho político nem sempre é compatível com o tempo necessário para a escrita”, ficando, “nesse confronto”, a “realização literária em desvantagem”.

No entanto, na ótica de António Costa, Mário Soares comprovou que, “em circunstâncias específicas”, os livros podem “ir além da sua componente de pensamento e de representação, e ter uma participação substancial na ação política”.

PUB

Por vezes, a literatura pode ser o motor da história, a formadora das ideias, a impulsionadora da ação. Foi assim com Mário Soares. (…) Com Soares, a história fez-se literatura: nas páginas que nos deixou e que nos permitem viver hoje uma saborosa liberdade e uma democracia que amamos”, destacou.

António Costa sustentou assim que a publicação da obra escrita de Mário Soares é uma “justa homenagem” a um “personagem excecional”, a quem “os portugueses tanto devem a sua liberdade, e Portugal deve a democracia”.

Várias figuras marcam presença no lançamento da Coleção Obras de Mário Soares 

Além do primeiro-ministro, participaram também na cerimónia de lançamento da coleção, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, as ministras da Cultura, Graça Fonseca, e da Administração do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, e o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva.

PUB

Marcou também presença o presidente da Associação 25 de abril, Vasco Lourenço, o cineasta António-Pedro Vasconcelos, e figuras destacadas do PS, designadamente o seu presidente, Carlos César, os deputados Pedro Delgado Alves, Edite Estrela, Miguel Costa Matos e Jorge Lacão.

Foi esta segunda-feira lançada a coleção Obras de Mário Soares, coordenada pelo escritor José Manuel dos Santo, e que tem como volume zero a primeira tese de licenciatura do ex-presidente e primeiro-ministro português, intitulada As ideias políticas e sociais de Teófilo Braga com notas de leitura de António Sérgio e cartas sobre a obra.

A coleção Obras de Mário Soares tem uma comissão científica da qual fazem parte vários historiadores e académicos, casos de António Reis, Bernardo Futscher Pereira, David Castaño, Fernando Rosas, Irene Flunser Pimentel, José Manuel dos Santos, José Pacheco Pereira, Maria Fernanda Rollo, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Nuno Severiano Teixeira.

PUB