Cerca de 200 mil pessoas saíram às ruas de várias cidades alemãs no sábado em renovados protestos contra o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Em Berlim, a capital, cerca de 150 mil pessoas juntaram-se frente ao edifício do Reichstag, o parlamento federal, sob o slogan “Somos a barreira de proteção”, em manifestação contra o crescente apoio aos extremistas e em apoio à democracia.
PUB
Na rede social X, o chanceler alemão congratulou-se com o “forte sinal a favor da democracia e da Constituição” alemã. “Quer em Eisenach, Homburg ou Berlim: em pequenas e grandes cidades por todo o país, muitos cidadãos estão a juntar-se para protestar contra o esquecimento, o ódio e o discurso de ódio”, escreveu Olaf Scholz.
Ob in Eisenach, Homburg oder Berlin: In kleinen und großen Städten im ganzen Land kommen viele Bürgerinnen und Bürger zusammen, um gegen das Vergessen, gegen Hass und Hetze zu demonstrieren - auch an diesem Wochenende. Ein starkes Zeichen für die Demokratie und unser Grundgesetz.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) February 3, 2024
Na sua quarta semana consecutiva, os protestos seguem-se a notícias de que dois altos cargos da AfD participaram num encontro para discutir planos para a alegada deportação em massa de cidadãos estrangeiros. As chefias do partido de extrema-direita garantem que a proposta não integra os seus planos políticos.
PUB
O sucesso da AfD em algumas zonas do país tem gerado temor entre os partidos tradicionais, que temem mais vitórias da extrema-direita em três eleições estatais que vão ter lugar em setembro no leste do país, ainda que as mais recentes sondagens indiquem um ligeiro declínio no apoio à AfD.
No início da última semana, um inquérito de opinião da Forsa mostrava que o apoio ao partido caiu abaixo dos 20% pela primeira vez desde julho, com muitos eleitores a invocarem as manifestações nacionais contra a extrema-direita como um tópico importante.
Ainda assim, a mesma sondagem continua em segundo lugar atrás do principal rival, a União Democrata Cristã (CDU, conservadores), com 32%, e o partido de centro-esquerda de Scholz, os Democratas Sociais, em terceiro, com 15% das intenções de voto.
PUB