REVISTA DE IMPRENSA. Ambulâncias do INEM pararam quase sete mil horas por avarias ou falta de médicos para garantir assistência urgente. Situação é mais grave no interior
As viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) do INEM estiveram 5400 horas paradas por falta de tripulação, ou seja, por falta de médico para garantir assistência em casos urgentes. No total, as ambulâncias estiveram operacionais quase sete mil horas, com uma taxa de inoperacionalidade de 1,8%, o pior registo de 2014, avança o Jornal de Notícias (JN) esta segunda-feira.
O problema é mais grave no interior do país: segundo os dados citados pelo JN, em 2021 as VMER dos hospitais da Guarda, Covilhã, Castelo Branco e Portalegre estiveram um total de 3254 horas inoperacionais, o que corresponde a 135 dias completos.
São as administrações hospitalares que, desde 2014, têm a responsabilidade legal de garantir a operacionalidade das viaturas médicas. Quando a VMER está inoperacional, seja por uma questão de avaria ou por falta de médico, a vítima a necessitar de assistência espera mais tempo por outra viatura ou acaba por ser assistida e transportada para o hospital por equipas menos qualificadas, explica o JN, assinalando que, dadas as distâncias entre VMER no interior - que estão sediadas nos diferentes hospitais - o tempo de espera da vítima pode ser fatal.