Ambientalistas pedem que eurodeputados apertem limites de emissões de automóveis

Agência Lusa , FMC
30 mai 2022, 18:21
Trânsito

Recorde-se que os eurodeputados vão votar no próximo dia 7 os novos limites para emissões de dióxido de carbono até 2040

Mais de meia centena de organizações ambientalistas europeias pediram esta segunda-feira ao Parlamento Europeu que vote pela redução dos limites máximos de emissões de dióxido de carbono dos automóveis novos ligeiros de passageiros e mercadorias.

As organizações pedem que a partir de "2030 ou bastante próximo disso" se acabe com a venda de novos automóveis e que haja "metas de redução de CO2 significativamente mais elevadas para os fabricantes de automóveis, tanto em 2025 como em 2030 e com um objetivo intercalar para 2027".

"Esta é uma medida fundamental para a Europa se tornar independente energeticamente e cumprir a neutralidade climática em 2050 ou antes", argumentam as organizações, em que se inclui a portuguesa Zero.

No próximo dia 7, os eurodeputados vão votar novos limites para emissões até 2040, cuja redução os ambientalistas defendem também, porque entendem que "resolverá o problema da qualidade do ar nas cidades".

Consideram que acelerará a transição para veículos elétricos e que "os decisores políticos da União Europeia podem e devem ser ambiciosos", afirma a Zero em comunicado.

Os ambientalistas chamam a atenção para as "soluções 'verdes' falsas de propaganda ambiental por parte das petrolíferas" e pedem aos deputados do Parlamento Europeu que aproveitem a "oportunidade de ouro" para aumentarem as exigências aos fabricantes.

Com estes limites mais restritos, pediram que os automóveis elétricos "se tornem mais baratos do que os equivalentes com motor de combustão".

"Os automóveis de passageiros e as carrinhas de mercadorias são responsáveis por 15% de todas as emissões de CO2 na Europa e são a maior causa de poluição nas cidades europeias, poluição que é responsável pela morte prematura de mais de 40.000 pessoas todos os anos", aponta a Zero, destacando que em Portugal, "são cerca de 6.000 pessoas por ano a morrerem prematuramente por esta causa".

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