Aconteceu no Amadora-Sintra. Família fala em desumanização do SNS e já fez queixa ao Ministério da Saúde
Uma mulher foi visitar o tio ao hospital Amadora-Sintra, na região de Lisboa, e quando entrou no quarto o familiar estava morto.
Luís Albuquerque Santos, 53 anos, tinha dado entrada no hospital a 8 de dezembro e morreu na quarta-feira seguinte. A família foi avisada de que o doente estaria por dias, mas na hora daquela que seria a última visita ninguém avisou que o doente estaria já cadáver.
Em choque, a sobrinha, Cláudia Albuquerque, fez uma reclamação ao hospital e ao Ministério da Saúde, para que mais nenhuma família passe pelo mesmo.
À TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal, o Amadora-Sintra confirma a situação e lamenta o sucedido.
"Lamentamos o desfecho e evolução rápida da doença, bem como os constrangimentos pela falta de comunicação sentida que possa ter ocorrido. Vamos reforçar junto das equipas os procedimentos instituídos para garantirmos que existe uma comunicação eficaz com as famílias dos nossos utentes, especialmente em momentos tão delicados como o que é relatado."
O caso pode também espelhar o caos que se vive no SNS. Antes de morrer, Luís Albuquerque Santos, que tinha um cancro avançado, foi várias vezes à urgência e mandado para casa cheio de dores. Só foi internado depois de ter perdido o andar. E esta é mais uma das queixas da família.
