Novo fármaco promete travar o alzheimer mas traz um efeito colateral grave: encolhe o cérebro

CNN Portugal , DCT
4 abr 2023, 09:58
Imagem de uma Tomografia por Emissão de Positrões (TAC) cerebral. (AP Photo/Matt York, File)

Este não é o único sinal de alerta daquele que é o medicamento mais promissor na luta contra o Alzheimer, doença cognitiva ainda sem cura

Chama-se Lecanemab, é um anticorpo monoclonal, já está aprovado pela Food and Drugs Administration (dos Estados Unidos) e sob o olhar atento da Agência Europeia do Medicamento. É o medicamento que promete aquilo que há muito a ciência anseia: travar a doença de alzheimer.

Os resultados mostram-se promissores na hora de travar o desenvolvimento da doença e o declínio cognitivo mas os efeitos colaterais começa a revelar-se. Depois do inchaço cerebral e sangramento detetado nos primeiros estudos realizados, uma investigação australiana publicada agora na revista Neurology mostra que este fármaco pode comprometer a saúde do cérebro a longo prazo. 

Segundo a investigação australiana, estes medicamentos promissores provocam uma redução acelerada e considerável do volume cerebral: menos 28% do que aquelas que não tomaram o medicamento.

O estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, analisou 31 ensaios clínicos de medicamentos antiamilóide beta (um marcador da doença que o medicamento promete eliminar) usados em pacientes com alzheimer e concluiu que a redução do volume cerebral “varia de acordo com a classe” do medicamento, mas que foi notório o aceleramento da “atrofia do hipocampo e do cérebro total”.

Apesar de não conseguirem ainda traçar consequências desta descoberta na saúde física e mental dos pacientes, os cientistas escrevem no estudo que estes medicamentos podem “comprometer a saúde do cérebro a longo prazo, acelerando a atrofia cerebral”.

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