Governo rejeita falhas no abastecimento alimentar e pede para se evitar pânico

Agência Lusa
21 mar 2022, 18:04
Secção dos óleos alimentares de um supermercado em Espanha (Getty Images)

“Aquando da covid-19, houve uma situação de pânico e faltaram alguns produtos nas prateleiras dos supermercados”, recordou a ministra da Agricultura

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, vincou esta segunda-feira que o Governo não antevê problemas no abastecimento alimentar, pedindo que se evite “o pânico”, nomeadamente com o óleo de girassol, que “não faltou, só aumentou de preço”.

“Nesta altura, não antevemos que falhem produtos de abastecimento nos supermercados”, declarou Maria do Céu Antunes, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, à margem de um Conselho de Agricultura e Pesca, com os ministros europeus da tutela.

Vincando ser “muito importante não criar o pânico nas pessoas”, a governante apontou que, “aquando da covid-19, houve uma situação de pânico e faltaram alguns produtos nas prateleiras dos supermercados”.

“E também já vimos que, nesta crise [devido à guerra da Ucrânia], o óleo de girassol faltou porque se especulou que iria faltar, mas não faltou, o que houve foi um aumento de preço, ficando ao preço do azeite”, acrescentou Maria do Céu Antunes.

De acordo com a ministra da Agricultura, o grupo de trabalho no Governo português criado para a pandemia está já a monitorizar a situação “para não se chegar a fase de ruturas e falhas” e se poder “tomar as melhores medidas” em cada momento.

Já relativamente ao aumento dos preços, Maria do Céu Antunes avançou que o executivo está a “preparar um cabaz de ajuda às famílias mais necessitadas”.

“É inevitável o aumento dos preços (…) e temos de estar preparados”, concluiu.

A posição surge numa altura de aceso confronto armado na Ucrânia devido à invasão russa, tensões geopolíticas que estão a afetar cadeias de abastecimento, causando receios de rutura de ‘stocks’ e de crise alimentar.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 925 civis e feriu 1.496, incluindo mais de 174 crianças, tendo provocado a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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