Mario Gomez, Breitner, Lahm e até Merkel apontam o dedo a Kimmich

4 nov 2021, 16:55
Portugal-Alemanha

Avolumam-se as críticas na Alemanha ao jogador do Bayern Munique que recusa ser vacinado contra a covid-19

Cresce a onda de contestação a Joshua Kimmich por ter recusado ser vacinado contra a covid-19, com vários antigos internacionais e políticos a condenar a opção do defesa do Bayern Munique. Entre os que apontam o dedo ao lateral estão nomes icónicos como Mario Gomez, Paul Breitner, Phillip Lahm e até Angela Merkel.

O jogador já veio a público esclarecer que não é um «negacionista», mas tem reservas contra a vacina, por considerar que não existem estudos sobre os seus efeitos a longo prazo.

Mario Gomez, antigo avançado do Estugarda, Wolfsburgo e Bayern Munique, considera que Kimmich pode ser uma má referência para os jovens. «Os estádios estão outra vez cheios e podemos ficar felizes porque 60, 70, 80 por cento das pessoas foram vacinadas. O facto da vida poder voltar ao normal é por causa daqueles que estão vacinados. E Kimmich também se beneficia disso. Se todos reagissem como ele, teríamos de jogar outro ano sem adeptos nos estádios», referiu.

Paul Breitner, antigo internacional do Bayern, disse mesmo que não jogaria com Kimmich nestas condições. «Não preciso discutir com ninguém se eles deveriam vacinar-se ou não. Para mim, o único caminho é a vacinação. E isso não é sobre ser um modelo de comportamento, é sobre o indivíduo», afirmou o antigo jogador que também, que também já foi dirigente do Bayern em declarações ao Bild.

«Fui responsável pela equipa do Bayern ao longo de cinco anos. Ele não jogaria comigo – e também os outros quatro jogadores [do Bayern que não se vacinaram] –, esses cinco não jogariam comigo, nem sequer treinariam. Se fosse comigo, dizia-lhes: «Adeus. Ali atrás vocês podem correr, subir e descer a montanha, mas aqui não. Não é possível», disse ainda Breitner.

Phillip Lahm, antigo capitão do Bayern e da seleção alemã, também abordou o assunto e disse que, se ainda fosse jogador, iria confrontar Kimmich. «Para mim seria muito clara a obrigação de falar com ele sobre isso e convencê-lo», disse o ex-jogador ao Suddeustsche Zeitung. Para Lahm, é importante que um jogador saiba que é um modelo. «Podes ter essa opinião, mas a pergunta que surge é: como se chega a essa opinião?», questionou o ex-lateral, campeão do mundo em 2014 pela Alemanha. «Eu leio muito, é onde me informo. E não li muitas coisas a dizerem que a vacina é perigosa», acrescentou.

No meio de tantos críticos, até Angela Merkel falou sobre assunto. «Talvez o Joshua Kimmich pense nisso e reconsidere. Afinal, ele é conhecido por ser um jogador muito ponderado», disse a antiga chanceler que deixou ainda uma sugestão ao jogador do Bayern. «Há bons argumentos factuais sobre as suas dúvidas que estão amplamente disponíveis», destacou em declarações ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

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