Kimmich: «Sem adeptos isto parece um jogo amigável ou de sub-17»

4 jun 2020, 15:46
Bayern Munique-Dusseldorf (AP)

A análise do jogador alemão ao regresso à competição

Joshua Kimmich falou ao The Guardian sobre o regresso do futebol e tudo o que teve de mudar para isso acontecer. As novas rotinas, as novas celebrações, a relação com os árbitros e até o chapéu que pôs o Bayern de Munique mais perto do título.

O polivalente alemão começou por abordar o jogo sem adeptos, afirmando que festejar de estádio vazio não é a mesma coisa.

«É estranho ganhares um jogo em casa e não poderes celebrar com os teus adeptos. Mas não temos escolha. Normalmente vês 80 mil adeptos nas bancadas e isso dá-te adrenalina. Faz-te esforçar mais e pedir mais à equipa. Quando há adeptos, estás concentrado só por causa disso. Sentes mais os teus erros, mas também festejas mais quando marcas golo. O jogo é mais emocional com adeptos. Agora consegues falar com os jogadores. Consegues ouvir o que o treinador está a dizer na linha lateral. É realmente diferente quando entras em campo. Parece um amigável, ou um jogo de sub-17», afirmou.

Apesar de a maior parte das consequências terem sido negativas, Kimmich consegue encontrar alguns aspetos positivos da falta de adeptos: «Consegues estar mais concentrado no jogo. Os jogadores já não sentem a necessidade de fazer 'espetáculo’, de se deitarem no chão a rebolar e a gritar. Sinto que estou menos nervoso ao falar com o árbitro. Com adeptos sentes mais as decisões e acabas por falar noutro tom. Agora podes ser mais calmo e falar normalmente. Não tens de lhe gritar, e ele não te grita de volta.»

As novas regras de higienização e as normas de segurança implementadas como necessárias para a retoma da atividade desportiva começam a entrar aos poucos no dia-a-dia dos jogadores profissionais. Na Alemanha, que Kimmich considera um exemplo para os outros países, o protocolo é seguido à risca.

«Se estamos no hotel, usamos máscaras. No autocarro para o jogo ou quando nos sentamos no hotel ou em restaurantes, todos se sentam sozinhos. É muito diferente daquilo a que estávamos habituados. No balneário, temos dois metros entre cada jogador e tomamos banho em casa». O jogador continuou, assumindo que as equipas já estavam preparadas para este tipo de medidas.

Patrocinados