Primeiro dia do novo centro da AIMA marcado por contratempos nos atendimentos
Francis chegou à meia-noite ao Centro Hindu, em Telheiras, para garantir a regularização do seu processo com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), logo no primeiro dia do novo centro daquela agência.
"Fui um dos primeiros [a chegar], cheguei aqui bem cedo, fez vento, choveu, estou cansado, preciso de trabalhar, mas mesmo assim eu vim", conta à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal).
Tal como o caso de Francis, há outros mais de 400 mil processos pendentes por resolver na AIMA, razão pela qual foi aberto este novo centro.
Apesar de ter chegado ao centro de madrugada, Francis não foi logo atendido, como estava à espera. Percebeu então, já depois da abertura das portas, que precisava de ter feito uma marcação prévia antes de comparecer no centro para ser atendido. "Informaram-me que tinha de ir para um outro posto da AIMA", conta.
Tal como solicitado, Francis fez o pedido de agendamento online, por e-mail, mas sem sucesso. "Não funciona. Eu tenho as provas, tenho prints, tenho os e-mails enviados. Nós recebemos resposta, mas é de um robô", lamenta.
Depois de passar a noite às portas do centro, Francis conseguiu falar com um funcionário da AIMA, mas só depois de ter denunciado a situação aos jornalistas que estavam no local. Ainda assim, o seu problema continua longe de estar resolvido.
Entretanto, o centro de atendimento da Estrutura de Missão da Agência para a Integração, Migrações e Asilo, emitiu um comunicado a informar que só atende utentes com agendamento prévio, apelando a aos imigrantes para que atualizem os contactos.
Apesar dos contratempos, vários migrantes, que fizeram a marcação prévia, conseguiram ser atendidos no novo centro da AIMA, que conta com mais de uma centena de trabalhadores, quer da AIMA, quer de outras entidades da sociedade civil, e está aberto entre as 08:00 e as 22:00.