Levou um pancadão, foi cuspida - e outras mulheres queixam-se do mesmo: PSP investiga casos de agressão na zona do Campo Grande (Lisboa), há suspeito

11 mai 2023, 20:48
PSP (Foto: Facebook PSP)

Uma das vítimas avançou mesmo com uma queixa e garante que vai a tribunal. Polícia deixa um conselho enquanto investiga

“Ele estava colado ao meu ombro, eu pedi que se afastasse e levei um pancadão no lado esquerdo do ouvido.” Maria (nome fictício) foi agredida por um homem quando estava a sair do metro de Entrecampos, em Lisboa, no passado domingo, pelas 16:00.

“Saiu muita gente mas não para a mesma zona. Quando estava a passar um corredor mais comprido, sem vigilância, vi uma pessoa a descer as escadas. Veio atrás de mim, eu mudei a direção uma e duas vezes, acelerei o passo, e ele pediu-me que lhe desse um cigarro e uma moeda. Recusei e voltei a acelerar”, conta Maria à CNN Portugal. Pouco depois foi alvo de uma estalada no ouvido, sendo que o agressor também a tentou atingir com pontapés e lhe cuspiu para cima.

Dali foi para a esquadra da PSP no Campo Grande, onde descreveu o agressor, ao que os agentes responderam saber quem era. Mesmo assim Maria decidiu apresentar queixa, pelo que a polícia foi atrás do homem.

Encontrou-o não muito longe do local da agressão, o túnel que faz a ligação entre a estação de metro de Entrecampos e o jardim do Campo Grande. Chegados à esquadra pediram a Maria que identificasse o homem, o que ela fez, mas o caso ficou por ali, uma vez que não havia testemunhas.

Maria decidiu avançar na mesma com a queixa e à CNN Portugal garante que vai comparecer em tribunal quando for chamada. “Tenho estatuto de vítima e vou ser notificada para ir a tribunal. Pretendo prosseguir para tribunal e espero que haja mais gente porque aquilo torna-se violento.”

E, a julgar por várias publicações nas redes sociais, casos semelhantes têm acontecido naquela zona. Em concreto, já esta semana uma mulher veio queixar-se de que foi agredida à porta da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, garantindo que era o mesmo homem.

O caso já está a ser acompanhado pela PSP, que garante à CNN Portugal ter recebido um email com uma fotografia que está a circular nas redes sociais e que Maria diz ser do homem que a atacou. A informação foi enviada pelas autoridades à Divisão Segurança Transportes Públicos de Lisboa, a autoridade competente para avaliar os primeiros relatos, que aconteceram nas imediações das estações de metro da capital.

Fonte oficial da PSP acrescenta que foi iniciado um processo de averiguação para tentar perceber o que aconteceu ao certo nos vários casos referidos e identificar o indivíduo. A PSP deixa ainda um conselho: “Façam denúncia numa esquadra ou entrem em contacto com a PSP para que sejam acionados os meios”.

Sobre a queixa feita por Maria na esquadra do Campo Grande, fonte da PSP diz não ter conhecimento mas admite que, até por haver diferença de competências - uma vez que aquela esquadra não pertence à Divisão Segurança Transportes Públicos -, essa queixa possa ter existido.

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