Polícias atacados por militares de elite à porta de discoteca em Lisboa

20 mar 2022, 09:30
Discoteca Mome

Detenções poderão ocorrer nas próximas horas

A Polícia Judiciária tem identificados três suspeitos das violentas agressões a quatro polícias à porta da discoteca MOME, em Lisboa, tendo um deles ficado em estado grave e, em causa, estão militares de elite das Forças Armadas, apurou a CNN Portugal. Mais concretamente, elementos do corpo de Fuzileiros, ligados igualmente à prática de boxe num clube da margem Sul do Tejo.

A informação recolhida junto de testemunhas e através e de imagens de vídeovigilância foi determinante para a produção de prova - e poderão ocorrer detenções nas próximas horas ou dias.

Os quatro agentes da PSP foram agredidos na madrugada de sábado e internados no Hospital de S. José. Três tiveram alta ainda no sábado à tarde.

Em comunicado enviado às redações, a PSP informou que os quatro polícias fora de serviço "imediatamente intervieram", como era sua obrigação legal, quando confrontados com uma "alteração da ordem pública, com agressões mútuas entre vários cidadãos" à porta da discoteca MOME.

"De imediato, um dos grupos, com cerca de 10 pessoas, atacou os polícias, agredindo-os violentamente", refere a declaração, que acrescenta que um dos agentes "foi empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões". 

A PSP revelou ainda que a Polícia Judiciária já fora informada "por os atos praticados poderem configurar a prática de crime de homicídio, na forma tentada". 

"Estão em curso todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, para a identificação dos autores das agressões", referia ainda a declaração, que assinalava que a PSP disponibilizou acompanhamento psicológico aos polícias envolvidos e seus familiares. 

Em comunicado, a discoteca MOME lamentou as agressões, reiterando que ocorreram na via pública e que nenhum colaborador do estabelecimento de diversão noturna esteve envolvido.

“Vimos lamentar, desde já, o sucedido. Reiteramos que nenhum colaborador da discoteca esteve envolvido na ocorrência e que estamos, naturalmente, a colaborar com as autoridades no sentido de apurar e identificar os responsáveis”, lia-se na declaração.

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