TAP devia libertar 250 slots por semana que não usa em Lisboa, critica Ryanair

Agência Lusa , JGR
29 nov 2021, 16:10
Aeroporto

Michael O’Leary acusou a TAP de bloquear as autorizações para descolar e aterrar num determinado período de tempo, na Portela

O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, defendeu esta segunda-feira que a TAP devia libertar, pelo menos, 250 ‘slots’ no aeroporto de Lisboa, que não usa e acusou a companhia aérea portuguesa de bloquear a concorrência.

“Nós achamos que a TAP devia libertar no mínimo 250 ‘slots’ por semana [no aeroporto de Lisboa]”, disse o responsável do grupo aéreo irlandês, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Michael O’Leary acusou a TAP de bloquear ‘slots’ (autorizações para descolar e aterrar num determinado período de tempo) na Portela, por saber com antecedência que não as vai usar, mas só as libertar com aviso prévio tardio de duas a três semanas antes de cancelar os respetivos voos.

“O Governo tem de forçar a TAP a libertar ‘slots’ não utilizados em Lisboa”, sublinhou o presidente executivo da Ryanair, argumentando que a acumulação de ‘slots pela TAP, que viu a sua rota reduzida nos últimos tempos, bloqueia a concorrência e a recuperação do turismo.

Próximo Governo deve parar de “desperdiçar dinheiro” com “projeto falhado” de resgate

O presidente executivo (CEO) da Ryanair, Michael O’Leary, defendeu que o Governo que sair das eleições de janeiro deve “parar de desperdiçar dinheiro” com o “projeto falhado” do resgate da TAP.

“Qualquer que seja o Governo eleito, esperamos que, em primeiro lugar, pare de desperdiçar dinheiro que devia destinar-se a escolas, hospitais, professores e enfermeiros num projeto falhado, como o resgate da TAP”, defendeu o responsável da companhia aérea de baixo custo (‘low cost’) irlandesa, numa conferência de imprensa, em Lisboa.

Para o responsável, o plano de reestruturação da TAP, que ainda aguarda ‘luz verde’ da Comissão Europeia, “nunca vai acontecer”, e considerou que os “rumores” sobre o interesse da Turkish Airlines na companhia portuguesa, avançado hoje pelo Negócios, “não pode acontecer, porque não são uma companhia da União Europeia” e nestes casos não podem ter uma posição maioritária na companhia aérea.

A Ryanair insistiu que o Governo português deve introduzir um esquema de recuperação da companhia de bandeira que não seja discriminatório para as outras companhias.

A Ryanair anunciou hoje 17 novas rotas em Portugal, para o próximo verão, onde passará a ter cinco bases e 28 aeronaves.

Segundo Michael O’Leary, há oportunidade para crescer rapidamente em Portugal, uma vez que os seus concorrentes estão a “encolher”.

A Ryanair está atualmente a treinar 700 novos pilotos e tem 1.300 à espera de começar o treino em janeiro.

 

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