Ministro das Infraestruturas alerta para filas na fronteira do aeroporto de Lisboa que estão a causar "prejuízos reputacionais"

Agência Lusa , MP
31 out, 15:40
Miguel Pinto Luz (Lusa)

Miguel Pinto Luz defende a contratação de mais operacionais da PSP para atuar no controlo de fronteira no aeroporto de Lisboa

O ministro das Infraestruturas admitiu esta sexta-feira que as filas no controlo de fronteiras do aeroporto de Lisboa causam “prejuízos reputacionais” e que são precisos mais agentes da Polícia de Segurança Pública (PSPS) para solucionar o problema.

“Quem hoje utiliza o Aeroporto Humberto Delgado sabe que são precisos mais recursos humanos, mais capacidade no terreno, […] temos de ter em conta as condições de trabalho desses profissionais da polícia”, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).

O governante tinha sido questionado pelo PSD sobre os problemas no controlo de fronteira no aeroporto de Lisboa, onde têm sido registadas longas filas de espera, admitindo "prejuízos reputacionais" para o país.

Pinto Luz sublinhou que o “problema coloca-se do lado dos recursos humanos” e lembrou que foi já elaborado um despacho conjunto com o Ministério da Administração Interna e o Comando Nacional da PSP para a criação de uma equipa permanente de gestão de fluxos.

O ministro vincou que são precisas “condições de trabalho condignas para criar a solução ideal para o Aeroporto Humberto Delgado” e disse acreditar que a situação estará normalizada “nos próximos meses”.

Associações ligadas ao turismo e companhias aéreas já manifestaram preocupação com as filas no aeroporto de Lisboa, devido ao impacto da entrada em funcionamento do novo Sistema Europeu de Controlo de Entradas e Saídas (EES), com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) a falar mesmo em possível “colapso”.

Uma primeira fase do novo sistema europeu de controlo automatizado de fronteiras externas (Entry/Exit System [EES]) entrou em vigor em 12 de outubro, ainda sem recolha de dados biométricos de todos os viajantes de fora do Espaço Schengen, que tem início previsto para o final de novembro.

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