Adolescentes perderam capacidades socioemocionais com a pandemia, estão mais infelizes e gostam menos da escola

Agência Lusa , AM
14 dez 2022, 06:05
Covid-19: regresso às aulas presenciais

Estudo Health Behaviour in School-aged Children foi divulgado esta quarta-feira e revela ainda que quase metade dos adolescentes usa a net para fugir a sentimentos negativos

A dificuldade de contactos sociais imposta pela pandemia levou os jovens a perderem capacidades socioemocionais, uma situação espelhada no aumento das situações de conflito, como as lutas, assim como da tristeza, insegurança e medo.

Segundo Tânia Gaspar, coordenadora do estudo Health Behaviour in School-aged Children (HBSC/OMS), feito em colaboração com a Organização Mundial de Saúde e que vai ser hoje divulgado, “como os jovens acabaram por estar muito isolados, por estar menos na relação uns com os outros, não tiveram tanta oportunidade de desenvolver essas competências”.

“Como eles foram continuando a crescer, de uma perspetiva social, houve uma exigência contínua. Continua a haver uma exigência de que eles tenham essas competências. Então, muitas vezes, eles sentem-se inadequados e não sabem reagir”, explicou a coordenadora desta investigação, feita pela equipa ‘Aventura Social’ do ISAMB/Universidade de Lisboa, em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

A especialista explicou ainda que o jovem, quando não sabe reagir, acaba por ter uma reação mais agressiva: “Por exemplo, a questão das lutas, que aumentaram, e isso pode ter que ver com o facto de eles não terem tido essas oportunidades de relação”.

“Depois, quando têm uma situação de conflito na escola, têm menos capacidade de parar, analisar a situação e resolvê-la com tranquilidade”, explicou a responsável, acrescentando: ”Estes jovens entraram na pandemia, muitos deles, com 12 anos e saíram com 14, ou entraram com 14 e saíram com 16”.

“São alturas do desenvolvimento muito importantes, em que eles deveriam ter estado de uma forma progressiva em contacto com as novas realidades (…) e a ganhar progressivamente a sua autonomia”, insistiu.

Segundo os dados do HBSC/OMS 2022 - que entre 1998 e 2019 foi coordenado pela psicóloga Margarida Gaspar de Matos -, houve um aumento no envolvimento em lutas, de 27,4% em 2018 para 32,3% em 2022, com a escola como o principal local onde estas lutas ocorrem.

Relativamente às expectativas de futuro, também elas caíram de um valor médio de 7,41 em 2018 para 7,10 este ano.

“Eles têm as suas angústias, os seus medos, os seus desejos, os seus sonhos. E tudo isso acabou por ficar adormecido durante este período”, disse a responsável, prosseguindo: “Quando fazemos as nossas atividades diárias, isso é motivado por um projeto, por uma expectativa. E essa expectativa estava tão incerta que isso também desmotivou os jovens, que começaram a pensar ‘por que é que eu vou estudar?’”.

Este clima de incerteza criado pela pandemia – insistiu - “afetou o bem-estar e também a expectativa futura”.

Outra área afetada por esta “intermitência de relações” foi a relação com a família. Os dados indicam que há uma perceção mais negativa do apoio da família e há agora menos refeições em família.

Em relação à qualidade da relação familiar, baixou de um valor médio de 8,55 (em 2018) para 8,10 quatro anos depois. A perceção de apoio familiar também baixou para 22,94 (era 24,12), assim como a facilidade em comunicar com os pais.

Questionada sobre se estas “mazelas” são recuperáveis, diz que sim, “mas não automaticamente”.

“Efetivamente, houve aqui impacto durante dois anos no desenvolvimento, tanto a nível da aprendizagem escolar como a nível da saúde e do desenvolvimento das crianças e jovens”, reconheceu, lembrando que o foco para a recuperação deverá estar, por um lado, na escola, “integrando o desenvolvimento de competências socioemocionais nas várias disciplinas e no percurso no projeto educativo”.

Trata-se de uma área que a especialista diz que deve ser trabalhada de forma transversal nas várias unidades curriculares, “para os jovens perceberem como é que isso tem utilidade”.

“É importante haver cada vez mais uma relação direta entre a matéria [dada nas aulas] e a realidade, que faça sentido para os próprios jovens”, disse a responsável, acrescentando: “Uma das questões será parar e conversar com eles, devolver-lhes estes resultados [do estudo] e perguntar-lhes o que sugerem que possamos fazer - como escola e como sociedade - para melhorar e para que se sintam mais felizes”.

Adolescentes portugueses estão mais infelizes

Os adolescentes portugueses estão mais infelizes e são agora mais os que se sentem irritados, nervosos ou tristes diariamente, segundo um estudo que será divulgado hoje e que leva os especialistas a pedirem mais respostas em saúde mental.

“É fundamental haver uma melhor articulação entre a escola e os serviços de saúde para, de um modo geral, para todos, trabalhar ao nível da prevenção, e naqueles jovens que efetivamente precisam de apoio mais especifico, dar uma resposta rápida”, considera Tânia Gaspar, que coordena desde 2020 o Estudo Health Behaviour in School-aged Children (HBSC/OMS), feito em colaboração com a Organização Mundial de Saúde.

O estudo, cujos resultados vão ser hoje apresentados em Lisboa, contou com a participação de 51 países. A nível nacional, o HBSC/OMS 2022 foi realizado pela equipa Aventura Social, do ISAMB/Universidade de Lisboa, em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

Os resultados, a que a Lusa teve acesso e que vão ser hoje apresentados, indicam que, em comparação com o último ano estudado em Portugal (2018), baixou a satisfação com a vida (passou de um valor médio de 7,68 para 7,50) nos jovens de 11, 13 e 15 anos, assim como a perceção de felicidade. Mais de um em cada quatro (27,2%) adolescentes em idade escolar disseram sentir-se infelizes (18,3% em 2018).

“Nestas idades, o impacto que tem no desenvolvimento ainda é maior. É como se eles estivessem sempre a crescer e, se se estão a desenvolver com estas dificuldades, isto vai ter um efeito ´bola de neve´ e vai acabar por afetar as suas oportunidades. O quanto antes é importante dar uma resposta”, explicou Tânia Gaspar, em declarações à agência Lusa.

Segundo os dados recolhidos, os sintomas físicos e psicológicos também aumentaram: 12,2% dos estudantes disseram ter dores nas costas quase todos os dias (8,6% e 2018) e 8% têm dores de cabeça quase diariamente.

Quanto aos sintomas psicológicos, 21% (13,6% em 2018) disseram sentir nervosismo quase todos os dias, 15,8% mau humor ou irritação quase todos os dias, 11,6% tristeza quase diariamente e 9,1% medo.

Os comportamentos autolesivos também aumentaram, passando de 19,6% para 24,6%. Dos jovens que referem já se terem magoado de propósito (autolesão), o braço continua a ser o local do corpo onde mais de magoam.

Em declarações à Lusa, Tânia Gaspar disse que o estudo deste ano foi aquele em que maiores diferenças se notaram: “Nunca notamos tanta diferença em vários indicadores”, disse, explicando que os resultados deste ano acabam por ser influenciados pela pandemia, pela guerra na Ucrânia e pela recessão económica.

A especialista destacou o “agravamento global ao nível da saúde e do bem estar”, sublinhando que “aumentou o número de jovens que, além de doença crónica, têm doença relacionada com o foro psicológico”.

“Existe sempre um grupo de jovens, embora seja uma minoria, em que o impacto foi maior. (..) Poderá ter que ver com uma situação prévia, podiam já ter alguma fragilidade (…). E esses jovens precisarão de um apoio mais específico, nomeadamente através da psicologia, não só no contexto escolar, mas depois no contexto de saúde”, alertou, defendendo a necessidade de “uma forma ágil” de encaminhar estes jovens.

Aliás, quando questionados sobre qual a questão em que a pandemia de covid-19 teve mais impacto, os adolescentes responderam que foi a saúde mental.

Contaram ainda que, no último mês, tomaram pelo menos uma vez medicação para a tristeza (10%), para o défice de atenção/hiperatividade (7,4%) e para o nervosismo (16%). Mais de metade (53,9%) disse ter tomado pelo menos uma vez no último mês medicamentos para a dor de cabeça.

Há 17,9% que referem dificuldades em adormecer todos os dias, 22,8% diz que quando tem uma preocupação intensa esta “não o larga” e “não o deixa ter calma para pensar em mais nada” e mais de um em cada quatro (25,1%) sentem que as suas dificuldades se acumulam de tal modo que não as conseguem ultrapassar.

Apesar de a maioria dizer que dorme bem, mais de três em cada quatro (84,6%) dizem que lhes custa acordar de manhã e mais de metade refere falta de qualidade do sono (dificuldades em adormecer, dormir demais, acordar cedo demais e acordar a meio da noite). Quase metade (46,2%) dorme menos de oito horas/dia e, ao fim de semana, há uma compensação pois é nessa altura que mais de metade (55,8%) diz dormir mais do que as oito horas.

Houve ainda 14,6% que disseram ter tomado, no último mês, pelo menos uma vez medicação para a dificuldade de adormecer.

Adolescentes gostam menos da escola

O gosto pela escola diminuiu nos alunos do 6.º, 8.º e 10.º anos, que continuam a achar a matéria demasiada aborrecida e difícil.

“Este valor tem vindo sempre a agravar e comparando com outros países (…) este é sempre aquele indicador que nós temos menos bom”, considerou a coordenadora do estudo, Tânia Gaspar, sublinhando a necessidade de a escola “fazer uma aproximação à realidade dos jovens”.

Esta investigação - Health Behaviour in School-aged Children (HBSC/OMS) 2022 – feita em colaboração com Organização Mundial de Saúde, indica que a pressão com os trabalhos de casa (muita pressão) aumentou (de 13,7% em 2018 para 22,4% em 2022) e que o que os alunos menos gostam na escola é a comida nos refeitórios.

Segundo os dados a que a Lusa teve acesso, o gosto pela escola baixou de 70,4% (em 2018) para 69,7%, as atividades extracurriculares passaram da terceira para segunda posição daquilo que os alunos menos gostam na escola, ao contrário do que aconteceu com as aulas, que são agora a terceira coisa de que os alunos menos gostam.

Os dados indicam ainda que os colegas são o que menos frequentemente os alunos não gostam, deixando de ser os intervalos/recreios, como acontecia em 2018.

Mostram ainda que as dificuldades com a escola e com os trabalhos da escola aumentaram de 2018 para 2022. A matéria continua a ser considerada demasiada (87,2% em 2018 para 87,9% em 2022), aborrecida (84,9% em 2018 para 87,4% em 2022) e difícil (82% em 2018 para 82,1% em 2022). Há 30,3% dos jovens que disseram não gostar da escola.

Tânia Gaspar sublinha, a este nível, a necessidade de a escola “se atualizar e conseguir acompanhar os jovens no seu modo de contacto com o conhecimento”.

Em declarações à Lusa, também a investigadora Gina Tomé, da equipa portuguesa do HBSC/OMS e Aventura Social/ISAMB/Universidade de Lisboa, considera que “a escola ainda está naquela estrutura de há anos” e “não evoluiu”.

“A escola está a perder terreno (…). A escola que a nossa geração frequentou não é a mesma que estes jovens estão a frequentar, mas no fundo a estrutura é a mesma”, considerou a investigadora, acrescentando: “os professores também acusam isso, estão motivados e têm vontade [de mudar], não têm é recursos”.

A referência ao stress das avaliações também aumentou nos dados recolhidos este ano, passando da quarta posição em 2018 para a terceira posição em 2022 (77% em 2018 para 83,1% em 2022). Alguns adolescentes referem também a pressão dos pais pelas boas notas (58,4%).

Comparando com o estudo realizado em 2018, baixou ligeiramente a relação com os colegas (de um valor médio de 11,89 para 11,77), enquanto a relação com os professores se manteve (11,36).

De qualquer forma, sublinha Tânia Gaspar, “a escola continua a ser um local de segurança e de proteção”.

Menos de um em cada quatro jovens (22,8%) refere existir um incentivo à comunicação e relação entre a escola e a família e 30,7% dos adolescentes consideram importante melhorar a comunicação entre a escola e a família.

Quase um em cada três jovens (31%) apontam a pouca participação dos pais na associação de pais como a principal barreira à relação entre a escola e a família.

“Quem trabalha nestas áreas sabe que esse envolvimento [dos pais na escola] vai decrescendo muito ao longo da escolaridade. Quando as crianças são mais pequenas há uma maior adesão, e depois, progressivamente, vai havendo menos”, explicou a coordenadora do estudo.

A responsável sublinhou ainda: “Temos que pensar em que moldes é que isso poderá continuar, porque se formos a ver, se perguntarmos a um jovem do 9.º ou 10.º ano se quer que o pai vá à escola, se calhar ele também não quer, porque quer ter o seu espaço, a sua autonomia”.

“Então temos todos de pensar como é que se serão formas boas e positivas para as várias partes, para os pais poderem fazer parte da escola, mas também sem se intrometerem no desenvolvimento e na autonomia natural dos filhos”, considera Tânia Gaspar, acrescentando: “Temos algumas boas práticas, relacionadas com atividades extracurriculares que são desenvolvidas e em que a escola está aberta aos pais”.

Tudo para que os pais “não sejam apenas chamados para as reuniões”, onde, por vezes, “as notícias não são as melhores”, concluiu.

Quase metade dos adolescentes usa a net para fugir a sentimentos negativos

Quase metade dos adolescentes usa a internet para fugir de sentimentos negativos e um em cada três já tentou, mas não conseguiu, estar menos tempo nas redes sociais, indica um estudo que será hoje divulgado.

Segundo o estudo HBSC/OMS (Health Behaviour in School-aged Children), feito em colaboração com Organização Mundial de Saúde e que em 2022 abrangeu 51 países, entre os quais Portugal, 47,6% dos adolescentes portugueses diz que usa a internet para fugir a de sentimentos negativos e 23,9% diz que regularmente não consegue o pensar em nada para além do momento em que poderá usar as redes sociais.

Em relação ao tempo gasto em frente ao ecrã, cerca de 43% dos jovens compartilha ou consulta conteúdo do TikTok, cerca de 39% diz trocar mensagens no WhatsApp e cerca de 37% usa o Instagram duas ou mais horas por dia durante a semana.

Já durante o fim de semana, quase metade (45%) dos jovens diz assistir a séries ‘online’, cerca de 43% usa o TikTok e joga jogos ‘online’ ou ‘offline’ (40%) duas ou mais horas por dia.

O uso do telemóvel por parte dos adolescentes continua elevado, com um aumento dos jovens que diz usá-lo várias horas por dia (passou de 56,6% em 2018 para 64,5% em 2022). Contudo, os investigadores sublinham o aumento da percentagem de jovens que refere que no seu tempo livre pensa na vida, várias horas por dia (de 33,7% para 38,9%).

“Não podemos dizer que o facto de o uso das novas tecnologias ter aumentado é negativo por si só, porque é natural, as novas tecnologias fazem parte cada vez mais da nossa vida e da vida dos jovens e o que temos de fazer é juntar-nos a eles e fazer com que estes comportamentos sejam saudáveis”, disse à Lusa a coordenadora do estudo, Tânia Gaspar.

A responsável alerta ainda que o problema do uso das novas tecnologias é o facto de “diminuir o uso de competências noutras áreas”.

Os dados mostram igualmente um decréscimo no apoio do grupo de amigos (passou de um valor médio de 21,95 para de 21,70), assim como a qualidade da relação com os amigos (de 8,54 para 8,17).

No sentido inverso, o contacto ‘online’ aumentou (de 60,8% para 62,4%) com os amigos chegados, com outras pessoas que não amigos (de 40,7% para 42,3%), com amigos de um grupo mais alargado (de 38,7% para 39,2%) e com amigos que conheceram ‘online’ (de 18,4% para 20,6%).

A utilização da internet para fugir a sentimentos negativos aumentou bastante nos jovens portugueses (de 28,6% para 47,6%), assim como os alunos que referem que já tentaram passar menos tempo nas redes sociais e não conseguiram (passou de 26% em 2018 para 32,2% em 2022).

Em declarações à Lusa, Fábio Botelho Guedes, da equipa portuguesa do HBSC/OMS e Aventura Social/ISAMB/Universidade de Lisboa, aponta alguns “desafios”, como a importância de trabalhar com os jovens a dificuldade que sentiram em usar menos as redes sociais.

“Temos de olhar para estes dados e trabalhar isto com eles e encontrar alguns planos ou estratégias para tentar que eles usem menos as redes sociais”, afirmou o investigador, acrescentando que os jovens, quando confrontados com estes resultados, sugeriram, a nível escolar, mais trabalhos de campo, “que não os obrigassem a estar tão ligados ao computador”.

Relativamente ao tempo gasto em frente ao ecrã durante a semana, os hábitos dos adolescentes alteraram-se, com o Instagram e o YouTube a perderem terreno para o TikTok e WhatsApp.

Os dados indicam que os adolescentes portugueses assistem a menos conteúdos Instagram (passou de 40,5% para 37,1%) e a vídeos do Youtube (39,2% para 32,7%) e passam mais tempo a consultar conteúdos no TikTok (43,1%) e/ou a trocar mensagens no Whatsapp (38,8%).

O estudo mostrou ainda que o tempo excessivo passado nas redes sociais continua a ser o principal motivo (69%) das discussões com a família, amigos ou namorado(a). Os outros dois são o tempo excessivo a não fazer nada/’preguiçar’ (68,3%) ou a ‘surfar’ na internet (59,1%).

Questionado sobre como se consegue equilibrar este uso das redes sociais, o investigador responde: “Vai passar por toda a estrutura (…), desde a escola à família, incentivando-os a estar mais com os amigos presencialmente e não tanto ‘online’".

"E as famílias aqui vão ter um papel muito importante para pensarmos como ajudá-los a promover mais atividades em família que não envolvam as tecnologias (…) e tentar aproveitar alguns momentos em ‘off’”, acrescentou.

Em Portugal, o primeiro destes estudos foi aplicado em 1998 e o último tinha sido em 2018. O estudo, que entre 1998 e 2019 foi coordenado pela psicóloga Margarida Gaspar de Matos, integrou este ano cerca de 6.000 questionários, em 40 agrupamentos de escolas do ensino regular (Portugal continental), num total de 452 turmas. As respostas são de alunos do 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade.

Este trabalho pretendeu estudar os estilos de vida dos adolescentes em idade escolar nos seus contextos de vida, em áreas como o apoio familiar, escola, saúde física, saúde mental e bem-estar, sono, sexualidade, alimentação, atividade física, lazer, consumo de substâncias, violência e saúde planetária.

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