Mais de uma centena de crianças regressou a instituições após falha na integração familiar

9 out, 07:31
Criança

REVISTA DE IMPRENSA || A maioria das reentradas envolve crianças com 12 ou mais anos

Em 2024, 157 crianças e jovens voltaram ao sistema de acolhimento, depois de já terem sido integrados em famílias biológicas, adotivas ou de acolhimento. Destas, 118 (cerca de 75%) regressaram após experiências familiares que não resultaram, revela o jornal Público que cita dados do relatório CASA 2024.

A maioria das reentradas envolve crianças com 12 ou mais anos, mas há também 14 bebés e crianças até aos cinco anos. A negligência foi a principal causa das medidas de acolhimento, seguida de abandono, exposição à violência doméstica e absentismo escolar.

O relatório mostra ainda que, em 2024, entraram 2151 novas crianças no sistema, menos do que no ano anterior, e que 6349 estiveram acolhidas. Cresceu, porém, o número de acolhimentos familiares e de jovens em programas de autonomização.

Especialistas alertam que a reintegração falhada representa uma nova rejeição e pode ter impacto emocional duradouro. Defendem acompanhamento prolongado das famílias após a reunificação e mais recursos na área da saúde mental para evitar que estas situações se repitam.

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