Governo nomeia para administração de hospital um presidente de Câmara do PSD que já não se pode recandidatar

21 fev, 13:44

É uma das novas mudanças polémicas em administrações hospitalares no país. Há outra

O Governo continua a mexer nas administrações dos hospitais e há mais duas mudanças polémicas. Para a ULS do Tâmega e Sousa, o Executivo escolheu o atual presidente da Câmara de Amarante, que já não se podia recandidatar à autarquia nas próximas eleições. José Luís Gaspar fica assim com um lugar assegurado.

Já para a Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho, o Conselho de Ministros prescindiu da administração de Rui Guimarães, apesar dos bons resultados reconhecidos por outras ULS e dos abaixo-assinados dos próprios médicos do hospital para que a equipa continuasse. O PS, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e Câmara Municipal de Gaia apelaram ainda ao Governo para que a administração fosse reconduzida.

No cargo desde 2019, em Gaia, Rui Guimarães tinha acabado o mandato em dezembro, aguardava instruções da tutela e soube da decisão através da comunicação social. Para o seu lugar foi nomeado Luís Matos, que até então exercia funções na CUF da Trindade, no Porto, após sete anos na administração do Hospital da Prelada, gerido pela Santa Casa da Misericórdia, na mesma cidade.

Além disso, Rui Guimarães não assinou um “memorando de entendimento” que obriga a encaminhar doentes, nomeadamente pediátricos, para o Hospital da Prelada, tal como refere em despacho a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a 5 de janeiro de 2025. Na realidade, o modelo ignora os resultados de Gaia/Espinho nos cuidados de saúde primários e agora os pacientes seguem diretamente para o Centro de Atendimento Clínico da Prelada.

Recorde-se que já são 13 as alterações em administrações hospitalares nos últimos 10 meses.

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