Medida afeta o maior dos dois modelos de A350 bimotor, o A350-1000, que representa 15% da frota de A350, ou seja, 86 aviões
O regulador europeu de segurança aérea ordenou, na quinta-feira, inspeções aos motores do A350 da Airbus, depois de um incêndio ter deflagrado durante um voo da Cathay Pacific, avanca a Reuters, que cita o diretor executivo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA), Florian Guillermet. O objetivo é evitar novos incidentes, sendo que a medida foi tomada depois da ASEA ter consultado as autoridades reguladoras e os investigadores de acidentes em Hong Kong, onde está sediada a Cathay, bem como a Airbus e o fornecedor de motores Rolls-Royce.
“Esta ação é uma medida de precaução, baseada na informação recebida da investigação inicial do recente incidente grave da Cathay Pacific e nas conclusões da companhia aérea nas suas próprias inspecções subsequentes”, afirmou Florian Guillermet em comunicado.
Segundo a AESA, foi a falha de uma mangueira no sistema de combustível que causou o incêndio - classificado como "incidente grave" - que foi rapidamente combatido pela tripulação.
“Continuaremos a acompanhar de perto todas as informações que serão disponibilizadas através da investigação de segurança em curso”, acrescentou Guillermet.
A medida afeta o maior dos dois modelos de A350 bimotor, o A350-1000, que representa 15% da frota de A350, ou seja, 86 aviões. Já o A350-900, mais pequeno e muito vendido, não é afetado. Entre as transportadoras aéreas que usam o A350-1000 estão companhias como a Air France, a British Airways e a Emirates.
Na nota enviada às companhias, a AESA deu entre três e 30 dias para as empresas efetuarem verificações visuais e medições nas mangueiras de combustível, mas não exigiu que as peças fossem retiradas para o trabalho, a menos que estivessem danificadas.
“Pedimos desculpa a todos os que possam ser afetados”, afirmaram a Rolls-Royce e a Airbus.
O A350-1000 e os motores XWB-97 têm estado sob os holofotes desde que, na segunda-feira, um voo com destino a Zurique foi forçado a regressar a Hong Kong após o problema do motor, mais tarde atribuído a uma fuga de combustível.
Segundo as investigações iniciais, uma mangueira entre o coletor e o bocal de injeção de combustível foi perfurada, sendo que a investigação liderada por Hong Kong está agora determinar se esta foi a causa ou uma consequência do incidente.